domingo, 13 de abril de 2008

Por quê?

Do meio da fila até o final... os estudantes querem saber
o que está se passando nas reuniões do CONSUNI...

Meio da fila: estudantes esperando autorização
para entrar na reunião do CONSUNI...

Começo da fila: estudantes organizados esperando
autorização para entrar na reunião do CONSUNI...
Onde está a transparência?

Por quê?

O CONSUNI- Conselho Universitário, órgão máximo de discussão e deliberação interno - cuja prerrogativa acerca das responsabilidades sobre o presente e futuro da universidade e suas relações com a sociedade encontra-se acima do reitor - sempre foi questionado acerca da transparência de suas reuniões.

Na reunião de sexta (11/04), pela segunda vez, os estudantes foram impedidos de entrar e acompanhar o debate. A questão que fica é por que o CONSUNI, ciente da importância e da grande repercussão da reunião para a comunidade acadêmica e para a sociedade em geral, não organizou sequer uma transmissão ao vivo da sessão através de um telão ou mesmo em parceria com a UnB TV, considerando que a universidade é uma das poucas que tem acesso a um canal de televisão associado e com todos os atuais aparatos eletrônicos comunicativos?

Na próxima reunião do CONSUNI os estudantes e a comunidade acadêmica estarão novamente presentes!!

8 comentários:

Fabiano disse...

Como vocês tiram essas fotos tão bacanas?

Anônimo disse...

Numa boa, acho que vocês deveriam ter entrado nesse Conselho Universitário à força. A impressão que dá é que o movimento de vocês está regredindo. Se a própria constituição federal garante a democracia na gestão da universidade, por que vocês simplesmente não fazem valer o seu direito?

Como eu falei ontem, e espero que vocês prestem bastante atenção: O Movimento Estudantil da UNB é despolitizado. E se por politização entendemos capacidade de vinculação, de articulação dos problemas da realidade concreta com outras questões, vocês vão perceber justamente isso que está acontecendo na UNB.

Não precisam gostar de mim, não precisam apreciar minha crítica. Entretanto por gentlieza eu peço que levem ela em consideração. O movimento estudantil da UNB poderia alcançar conquistas ainda maiores, ainda mais legítimas, caso isso não acontecesse. Reconheço sim, que se a influência partidária fosse maior talvez o movimento da UNB não teria alcançado metade do que ja alcançou, entretanto isso não é justificativa para não avançar ainda mais!

Anônimo disse...

Gostaria de esclarecer o que quero dizer quando falo que o Movimento Estudantil da UNB é despolitizado e que conquistas ainda maiores são essas.

Bem, apenas demonstrando uma capacidade de vinculação, a questão das Fundações "Ditas" de Apoio. Elas são criadas de acordo com o discurso que diz que nada de mal há em criar uma fundação que permita às universidades públicas, que são nstituições públicas, angariar recursos através da iniciativa privada. Bem, o primeiro problema advindo disso é de que em que contexto isso se insere - O governo passou a "permitir" a criação dessas fundações justamente no momento em que começou a contingenciar verbas para os serviços públicos. O segundo problema advindo disso é que, a partir do momento em que a universidade passa a depender principal ou quase exclusivamente da iniciativa privada isso vai sistematicamente mudando o caráter da universidade e, a não ser que sejamos todos liberais, que entendamos o MERCADO como o espaço máximo de realização da liberdade e da felicidade humans, entenderíamos que existem demandas de ordem social que, muitas vezes, não tem apelo comercial algum - como o tratamento de doenças tropicais - ao passo que existem muitos produtos de interesse mercadológico - como a produção de botox - que dizem respeito a uma parte bastante pequena da população. Isso sem contar o fato de que, a partir do momento em que instituições privadas passam a financiar pesquisas na universidade pública, para fins comerciais de competitividade as pessoas envolvidas tem que se obrigar a assinar termos de compromisso aonde se comprometem e não divulgar o resultado de suas pesquisas.

Afora isso há o caso de que quanto mais a universidade pública depender de lucro, o que significa que ela vai visar o lucro ainda mais, para poder se auto financiar, mais ela vai sistematicamente criando empecilhos à participação das pessoas de baixa renda.

Agora o que é o projeto de reforma universitária e em qual contexto ele se insere? Bem, o projeto de reforma universitária não é nada mais do que a extensão de alguns projetos de reforma institucional criados de acordo com a lógica de que o estado é ineficiente para gerir os serviços públicos, de que a sua participação no mercado cria ineficiência e que, portanto, as suas empresas (estatais) deveriam ser privatizadas e os serviços públicos deveriam ser liberalizados. Por causa disso, por exemplo, que no Plano Bresser tivemos a transformação dos direitos em serviços não-exclusivos do estado, o que se constitui na porta de entrada para a privatização de diversos serviços de interesse público e que, antigamente, por se constituírem em DIREITOS deveriam ser OBRIGATORIAMENTE garantidos pelo estado. E essa lógica, por sua vez, nasceu com o fim de estado de bem estar social, visando inaugurar uma nova fase de acumulação do capital. Isso por que o estado de bem estar social era fortemente apoiado na participação do estado na economia.

Unknown disse...

Remelentos & Mafaldinhas da UnB se revelam
Vocês viram que não dei trela pra turma que invadiu a reitoria da UnB, ainda que o tal Timothy Mulholland não tivesse condições de continuar no cargo. Recomendo, para tirar a turma de lá, o mesmo que recomendei no caso da USP: Polícia. Aqui, eu chamava a PM de “democracia de uniforme”. Lá, chamo a PF de “democracia de colete preto”. Lei é para ser seguida, por mais que esse princípio cause estranheza a Tarso Genro, que está se revelando um ministro da Justiça de mão cheia.

Pois bem. Os Remelentos & Mafaldinhas, agora os de Brasília, decidiram ampliar a sua pauta de reivindicações. Querem mudar os estatuto da UnB, além de afastar o vice-reitor, Edgar Mamiya, e mais cinco decanos. E isso é pouco.

"Queremos que os alunos tenham participação paritária em todos os conselhos da universidade. Hoje, a participação dos estudantes vale menos que a dos professores". Que injusto! Onde já se viu, numa universidade, a pessoa que ensina ter mais influência do que a pessoa que aprende??? Isso é uma inversão completa de valores, não é mesmo? A frase entre aspas é de Karla Gamba, coordenadora-geral do DCE (Diretório Central dos Estudantes) e aluna de Artes Cênicas. Artes cênicas? Se virar atriz, sua primeira reivindicação será enforcar os diretores de teatro...

Huuummm...

Os invasores também querem que os votos de professores, alunos e funcionários tenham o mesmo peso na eleição direta para reitor. Não é demais? Os doutores, a tia do cafezinho, o jardineiro e o estudante decidirão, em conjunto, quais são as prioridades da universidade. É justo!

— Companheiro Faxineiro e Companheiro Segurança, na opinião de vocês, devemos dar prioridade à pesquisa básica ou à pesquisa aplicada?
— Veja bem, Companheiro Professor, à luz da necessidade dos funcionários, nós entendemos que a pesquisa básica etc, etc, etc.

Desnecessário dizer que, segundo os critérios dos valentes, os alunos sempre elegeriam o reitor. Quem entrasse para aprender já chegaria instruindo e dando as diretrizes de quem está lá para ensinar e para fazer pesquisa. Hoje, o voto dos professores tem um peso de 70%, e os dos estudantes e funcionários, de 15% cada.

A eleição direta, mesmo com a ponderação acima, já caracteriza um descalabro. Digam-me uma única universidade respeitável no mundo, pública ou privada (pertencente a fundações), que seja dirigida por um “delegado” dos alunos.

“Ah, mas olhem lá o que eles fizeram”, poderia objetar alguém. Pois é: a UnB só chegou àquele grau de desmando por conta do “democratismo”. Há muito tempo a universidade não é gerida pelos mais aptos, como seria o desejável, e sim por aqueles que conseguem se fazer mais influentes junto aos grupos militantes que a assombram. Mulholland se mantinha no cargo seguindo religiosamente a pauta das esquerdas. Agora elas querem avançar.

Unknown disse...

DEspolitizado? kkkkkkkkkk
O movimento da UnB é altamente influenciado pelos partidos de pensamento único PSol e PSTU, a direção do DCE é até militante deles. Isso já vimos, os malfadinhas ocupam cargos no DCE, depois na UNE, viram deputados e depois mensaleiros. O dinheiro privado não pode entrar na Universidade Pública, mas o dinheiro público pode fazer o prédio da UNE e bancar os salários dos diretores dela.
Vocês já conseguiram o que queriam, e foi justo, um movimento pela ética, mas parece que tem que sempre existir uma causa de conspiração... cuidado, pois vocês podem queimar toda a boa imagem que passaram se insistirem e brigas ideológicas. Os estudantes, em sua maioria querem agora que as coisas voltem como antes, porque temos que trabalhar, ou contrário de outros, burgueses metidos a defensores dos pobres, sem nem conhecer o que é periferia. Eu conheço e posso falar porque moro em uma , e o povo já está cansado desse discurso de vocês...

Marcelo Arruda disse...

"Eu conheço e posso falar porque moro em uma, e o povo já está cansado desse discurso de vocês..."

Conhece Mesmo? Só por morar na periferia?

Aliás, este discurso é muito parecido com o do Movimento Estudantil. De falar em nome do povo e achar que conhece por morar na periferia. Independente de ser burguês ou não.

E é parte da miséria do Meio estudantil. Que acho que esta ocupação pode superar (concordando em parte com o Que o vsimões fala sobre Universidade).

Se vai ou não é uma ótima questão a se ver...

Mauro Faria disse...

"Se correr o bicho pega se ficar o bicho come"? Enquanto uns dizem que deveríamos ter entrado à força outros poderiam ter dito que estragamos tudo por que entramos à força... mas movimento (aliás, a democracia) é assim mesmo, sempre tem críticas, mesmo de gente que nem participa do movimento e fica palpitando só de fora, ou simplesmente acusando que o movimento é despolitizado ou partidarizado. Mas só quem está lá na hora pode avaliar a situação e ter forças para cantar depois, quando a todos pulmões se indignou na hora com o dito CONSUNI...
"Em geral nós brasileiros não somos críticos ativos, somos chorões passivos" Gilberto Dimenstein

artepraquetequero disse...

queria dizer à pessoa q comenta como: ocupaçao unb q fale por si propria! acho mto arrogancia fazer esse tipo de comentário como se fosse uma opinião coletiva! outra coisa, estive na ocupaçao quase todos os dias e digo q apesar de ter sido deliberado q a ocupaçao era um movimento politico e apartidário e, termos decidido em assembleia geral dentro do gabinete do reitor no 1º dia de ocupaçao, q nenhuma bandeira partidária seria levantada, o q tenho visto mostra exatamente o contrario! Panfletos de organizaçoes q, se nao partidarias, estao vinculadas à partidos polítcos, sao distribuídos a todos com o pretexto de esclarecer pontos mas, nunca sem mostrar quem os fez! Tem ate banquinha q vende livros "revolucinarios" tambem vinculada a partidos, tem professor/ fundador da tal organizaçao falando na orelha de seus discipulos q nao abrem mao de usar adesivos, mostrar suas camisetas totalmente partidarias e discursar de peito abreto para q todos vejam quem esta ali ou, se preferirem, q partido esta ali! Hj, eu creio, q chegamos ao cúmulo da partidarizaçao do movimento: um deputado do pt veio fazer propaganda politica enquanto manifestava o seu altruísta apoio à ocupaçao! Me sinto como estivesse sendo usada para um curral eleitoral! No meu pensar, quem deseja manisfestar apoio ou, ajudar de qlq outra forma, nao faz propaganda partidária!