sexta-feira, 3 de julho de 2009

NOTA SOBRE AS FUTURAS OCUPAÇÕES

Após 18 dias de ocupação do Salão de Atos do Gabinete do Reitor da UnB, do dia 8 de junho ao dia 26 do mesmo mês, decidimos (des)ocupá-lo. O movimento, horizontal e sem líderes, iniciou-se numa reunião da Associação de Moradores da Casa do Estudante Universitário (AMCEU), o objetivo primeiro foi pautar problemas específicos de assistência estudantil, tais como revisão das normas de convivência da casa d@ estudante, melhorias na segurança do campus, transporte gratuito intra e inter campi, bolsas permanências desvinculadas de trabalho, assistência médica, desjudicialização dos processos de desocupação da Ceu. Além das reivindicações pontuais, uma reavaliação da política de assistência estudantil. Levantamos bandeiras de interesses específicos, mas também gerais, e a medida que forças solidárias se somavam, maior se tornaram as causas de nosso comprometimento. Reuni, Enem, Vestibular Unificado, Fundações Privadas e aumento da democracia jamais deixaram de ser nossas preocupações, mas não podiam também tornar secundárias questões também importantes sobretudo para o avanço de consciências dos agentes em luta.

Quais foram os resultados? Obtivemos sobretudo promessas, alguns pequenos avanços, sem dúvida insatisfatórios. Entre eles a importância de conhecermos e nos conectarmos com pessoas comprometidas, para além das palavras, com a justiça social. A relevância de termos questionado e auxiliado na compreensão da imagem autoconstruída de gestão democrática que recaía sobre a atual Reitoria da UnB, a atenção conseguida aos problemas que envolvem a CEU, a possível autocrítica de tod@s @s envolvidos no processo de assistência estudantil, o processo educativo ao promover a reflexão sobre a Assistência como um direito e não como um favor, a volta do Congresso Estatuinte Paritário à pauta do CONSUNI, uma Audiência Pública com a pauta Assistência Estudantil, um Termo de Compromisso respondendo às reivindicações apresentadas por nós, a criação de uma mesa permanente de negociação para acompanhar a política de assistência estudantil e o pagamento de bolsas-alimentação para os alun@s dos campi de Planaltina, Gama e Ceilândia.

Na tentativa de sermos plurais e evitarmos uma postura sectária, falhamos ao demarcar campos específicos, tanto de atores quanto de metas a curto, médio e longo prazo. Queremos lutar junt@s, mas com quem? Muitos atores se solidarizaram com a causa, outros apesar de próximos, jamais estiveram de fato juntos. A postura mais coerente dos setores ditos progressistas seria a nosso ver a de apoiar as iniciativas, apesar de poucas, as existentes no momento, mesmo que não fossem eles os “líderes”. É um possível papel d@s que se dizem revolucionári@s aumentar os protestos populares e radicalizá-los. Já aos setores conservadores, lastimamos e continuaremos argumentando na esperança que nossas alianças contemplem liberdades que incluam a justiça social.

O Diretório Central dos Estudantes soltou uma nota dúbia manifestando apoio às reivindicações d@s morador@s da CEU. Contudo, entenderam que uma ocupação de Reitoria deve também envolver uma mobilização extensa dos grupos estudantis. Não entenderam tudo. Cabe agora à el@s, cumprirem com o compromisso de campanha, as pautas continuam vigentes e já tentaram ensinar com as palavras, resta agora ensinarem com as ações. Tal reflexão vale para tod@s @s que foram contrári@s aos nossos métodos apesar de dizerem solidári@s com a causa.

O momento da ocupação não foi na melhor data do calendário, o final do semestre e suas provas e poucas forças para mobilizar contribuiu para a pouca participação d@s estudantes, mas foi o momento necessário, foi a ação possível e realizada, não limitada pela consciência do tempo presente. Não se trata de banalizar um instrumento importante de luta, se trata de subjetividades diferentes, forjadas em contextos outros. Tivemos sete reuniões com a Reitoria, sendo uma com o reitor, duas com o vice-reitor [João Batista de Souza] e quatro com a decana [de Assuntos Comunitárias, Rachel Nunes]. Buscamos sempre o diálogo, desde a posse da nova equipe, mas recebemos sempre respostas de que estavam encaminhando as soluções, mas que de fato jamais se materializavam, os diálogos não se esgotaram, foram até abundantes em demasia para o pouco que foi feito. Imediatistas e precipitad@s foram tod@s aquel@s que criticaram nossas ações sem considerarem que nossas reivindicações se arrastam por gestões. Se analisado o processo e não a ação, a ocupação foi um meio de ação política por demais moderado. Compreendemos que existe uma dinâmica de encaminhamento na instituição, com a mediação dos colegiados, que são os órgãos deliberativos da UnB e achamos esta dinâmica profundamente distante das necessidades de nossa época e distantes mais ainda de uma gestão eficiente de qualquer instituição, ainda mais se tratando do custo do Estado brasileiro. Apoiamos e queremos construir o processo democrático e deliberativo, mas não acreditamos que esta construção se dará por meio de conselhos com 70% de participação de um único setor, os docentes, minoritários e freqüentemente conservadores pela própria “necessidade” de manterem privilégios.

Se vivemos ou não uma grande indiferença social, se o momento histórico é de refluxo ou se já estamos iniciando uma época de ascenso da luta, acreditamos na necessidade de continuar realizando um trabalho de base. Mobilizações construídas no dia-a-dia com a comunidade interna, externa e em particular o movimento secundarista. Estamos imersos em ideologias desfavoráveis, as próprias representações de mundo d@s oprimid@s são elaboradas pel@s opressor@s. Resta-nos desconstruir a alienação, a apatia, a indiferença social. Decidid@s estamos, nossa investigação, planejamento e execução já estão em curso, as avaliações serão feitas a cada momento.

Para este processo educativo contamos com tod@s os humanos, contamos inclusive com uma outra mídia, que seja também educativa e não alienadora. Os recortes e ênfases em determinadas falas, a fotografia que se escolhe, a prioridade e destaque que se dá para os temas, a omissão, revelam sempre escolhas políticas, não raras sintomáticas de uma mídia manipuladora e a serviço do capital e do poder.
Dentro de nossas condições e de nossas possibilidades fizemos o possível. Se preciso voltaremos. Despertai óh falange de escrav@s!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Comunicado

Os estudantes anunciaram na última sexta-feira em Audiência Pública da UnB sobre Assistência Estudantil que iriam desocupar a Reitoria naquele dia.

Ocorreu a desocupação e em breve o Movimento de Ocupação por Assistência Estudantil soltará a nota da desocupação, resultado das reuniões e debates que vêm ocorrendo des da desocupação na última sexta-feira dia 26.


-=-=-=-=-=-=-=-=-=-

Confira matéria da SECOM UnB que sequer entrou na página inicial do portal UnB, sendo publicada automaticamente como "Noticias Anteriores", a última demonstração anti-democrática da SECOM/Reitoria em ato explicito de não divulgar a luta dos estudantes para a comunidade acadêmica.

Alunos deixam prédio da Reitoria após 18 dias
Grupo anunciou decisão durante audiência pública realizada a pedido deles para discutirem assistência estudantil com a gestão

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Ocupação Ampliada

A ocupação do Salão de Atos do Gabinete do Reitor, iniciada no dia 08 de Junho, foi ampliada hoje para o térreo e entrada da reitoria.

Convocamos todos os estudantes a se solidarizarem pela causa da Assistência Estudantil vindo acampar nos espaços da Reitoria.

CINE OCUPA, no salão de atos da Reitoria:
Quinta-feira às 22:ooh teremos a exibição do documentário BRAD – Uma noite nas barricadas, sobre Brad Will, câmera do CMI assassinado em Oaxaca – México, seguido de debate.

Audiência Pública:
Sexta-feira ao meio dia no Auditório Dois Candangos na Faculdade de Educação haverá Audiência Pública para discussão de Assistência Estudantil. Compareçam.
Venham ocupar a reitoria por mudanças profundas e imediatas na política de Assistência Estudantil

terça-feira, 23 de junho de 2009

Sem resposta, com truculência

Olá pessoal,

Desculpem pela nossa desatualização do BLOG, desde sábado a Reitoria cortou a internet wireless que usávamos..

Estão também nos ameaçando usar a força para retirar nossas barracas da área ao lado do Salão de Atos, no terraço.
A polícia federal tem sido chamada para criar-se um clima de intimidação.

Já solicitamos oficialmente 3 vezes a contra-proposta do Reitor às contra-propostas dos estudantes ocupados, ele no entanto explicitamente tenta nos vencer pelo cansaço e pelo fato de estarmos em final de semestres cheios de provas e etc.

Na nossa contra proposta pedimos dentre várias coisas das 8 pautas que podem ser resolvidas imediatamente, o começo da circulação de um ônibus gratuito da UnB que rode dentro do CAMPUS Darcy, e outro até a Rodoviária e entre os outros 3 CAMPI.

Entendemos que para uma Universidade que tem um orçamento na casa de 1 BILHÃO de Reais, não existe justificativa para não se fornecer transporte gratuíto no CAMPUS, estudantes têm sido assaltados e estupros têm ocorrido justamente pela falta desse transporte para os alunos de baixa renda que residem na CEU. Dentre outras coisas na pauta que só necessitam de vontade política. A Reitoria se comprometeu apenas a pedir ampliação das linhas pagas dentro do CAMPUS.

Os estudantes seguem ocupando e resistindo até que alguma vitória nas pautas por Assistência Estudantil seja conquistada.

A ocupação tem tido resultados, começou a ser pago na última semana a bolsa alimentação ( R$240,00 )aos estudantes de Baixa Renda do Campus Planaltina, que desde a criação do CAMPI há 3 anos, esperavam o auxílio. Voltou à pauta do dia o Congresso Estatuinte Paritário, que estava esquecido pela Reitoria.. Foi problematizada a questão dos milhares de reais desviados recentemente pelas fundações privadas em contraste com o cenário sombrio e abandonado da Assistência Estudantil aos alunos que necessitam dela para conseguirem estudar.

Venha dormir, venha ocupar e resistir.

Entramos na terceira semana de ocupação.

Abraços de luta, por mudanças urgentes.

Movimento de Ocupação por Assistência Estudantil

domingo, 21 de junho de 2009

reuniao geral

reuniao geral do movimento de ocupacao pela assistencia estudantil
domingo 19 h (21/06)

pautas:
*rumos do movimento;
*condicoes exigidas para a saida;
*organizacao interna;

abracos,

manifestacao pela assistencia estudantil

Nos do Ato pela Assistencia Estudantil convocamos todos os estudantes, servidores, prestadores de servico, docentes e demais membros da comunidade da Universidade de Brasilia que estao descontentes com o atual estado da assistencia estudantil na UnB a se manifestar usando roupas de cor vermelha (simbolizando o estado de inconformidade com que se encontram em relacao a assistencia estudantil na UnB) ao longo da proxima semana (22-26/06). Convocamos a comunidade em geral a conhecer o ato pela assistencia estudantil que esta ocupando o salao de atos do gabinete do reitor na UnB.
Lutamos por direitos, nao mais, nao menos.
1) Seguranca (iluminacao, aumento do numero de segurancas, pavimentacao das vias e calcadas, preparo humanistico e tecnico para os proficionais da area, etc);
2) Saude (HUB: reabertura do pronto socorro, melhoria das instalacoes, aumento do corpo de trabalhadores, etc);
3) Condicoes de permanencia para os estudantes baixa renda: RU, Moradia Estudantil, Bolsa Permanencia, reforma da CEU e construcao de moradia nos demais campi, etc;
4) Transporte: a) publico e b) gratuito (fornecido pela UnB), pois nem todos os membros da comunidade podem pagar pelo transporte publico.
Por favor participem e ajudem os seus pares nesta luta que e de todos nos!
Manifestacao pela Assistencia Estudantil!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Campanha contras as Fundações Privadas e pela Assistência Estudantil - UnB

Um ano e dois meses depois da ocupação da reitoria, vivemos novamente um momento decisivo na história da UnB. O que agora está em jogo é o recredenciamento das fundações privadas (FINATEC e FUBRA) que protagonizaram os escândalos de corrupção que levaram à queda do ex-reitor Timothy. Sua gestão foi derrubada pela comunidade, mas as fundações que nela se revelaram como focos de corrupção não só permanecem impunes e em plena atividade, como pretendem continuar a comercializar os serviços acadêmicos da UnB, captar recursos e operar seus negócios privados em nosso nome, em nome da Universidade Pública.

O que são as fundações privadas. Por que elas devem ser descredenciadas. Por que sua existência é incompatível com a Universidade Pública!

As fundações privadas são entidades de natureza empresarial que fazem negócios em nome da universidade pública. Elas comercializam serviços acadêmicos, centralizam a captação de recursos para ensino, pesquisa e extensão e operam contratos e convênios estabelecidos pela Universidade com órgãos do Estado e empresas privadas e estatais, cobrando uma taxa de administração. Servem às administrações para burlar a lei de licitações, contratar mão de obra terceirizada, precarizada e sem direitos e, como em tantos casos já apurados, desviar recursos públicos para fins privados. Muitas delas diversificaram seus negócios em ramos absolutamente alheios à universidade, tais como a construção de shopping-centers e postos de gasolina, como no caso das fundações que operam na UnB. Suas atividades empresariais as converteram em balcões de negócios que funcionam como uma estrutura paralela de poder. Sem serem controladas pela universidade, elas passaram a controlar e dirigir a universidade. Seus fins são absolutamente estranhos e incompatíveis com os fins que regem uma Universidade – e não é por outra razão que o parecer do TCU (Tribunal de Contas da União), após ter encontrado irregularidades em todas as fundações investigadas, recomenda sua extinção e a absorção pela universidade de sua captação de recursos para ensino, pesquisa e extensão.

As fundações privadas colocaram a Universidade numa encruzilhada histórica, em que somos chamados a nos posicionar e agir como membros da comunidade do saber a que pertencemos. A história das fundações privadas demonstrou que elas operam a conversão irreversivelmente corruptora da universidade numa grande empresa prestadora de serviços acadêmicos. A Universidade não é e não pode se tornar uma empresa. O docente não é nem deve se tornar um empresário do saber. A educação não é uma mercadoria. O conhecimento não é uma mercadoria. Não podemos aceitar que a universidade seja transformada numa empresa exclusivamente orientada pelo lucro em suas atividades. A produção do conhecimento, da ciência e da tecnologia e a formação dos seres humanos que são os profissionais, cientistas, tecnólogos e intelectuais da sociedade não podem ser degradadas à vil condição de matéria a serviço do lucro de alguns.

A proposta da reitoria de estabelecer critérios para “controle” das fundações não se sustenta e não pode ser aceita. Na medida em que as fundações privadas movimentam imensos montantes de recursos, elas não podem ser controladas. Exigimos da reitoria que a própria universidade assuma a responsabilidade pelo gerenciamento democrático e transparente dos recursos que ela mesma capta, sem qualquer espécie de intermediação privada.


A Assembléia dos Estudantes deliberou por lutar pelo fim das fundações privadas e conclama a Comunidade a tomar para si esta luta


A Assembléia Estudantil da UnB de 17 de junho de 2009 decidiu lutar com todas as suas energias contra o recredenciamento das fundações privadas que operam na UnB – a mesma posição adotada pelo SINTFUB, o sindicato dos servidores técnico-administrativos. Nela deliberamos impulsionar uma grande campanha democrática contra as fundações privadas, a ser tocada por um comitê aberto à participação de todos os membros da comunidade. Sua primeira reunião será segunda-feira, dia 22 de junho, às 18 hs, no DCE.

A primeira atividade da Campanha contra as fundações foi a realização de um Ato Público no dia seguinte, por ocasião da reunião do Conselho de Administração (CAD) que deliberaria sobre o recredenciamento. Nele, denunciamos o papel corruptor das fundações e exigimos que a comunidade decida sobre a forma como ela vai ser governada: com ou sem fundações privadas. A reunião do Conselho acabou por ser suspensa. O CAD é composto por 67 membros, dos quais apenas seis são estudantes e seis servidores. Assim como em todos os conselhos da universidade, estudantes e servidores estão absolutamente sub-representados. Esperamos que o Conselho de Administração democraticamente abra mão do imenso poder que se acha concentrado em suas mãos, convencido da necessidade de ouvir toda a comunidade, a única que pode e deve decidir sobre seu próprio destino.

A ocupação de abril de 2008 derrubou a gestão corrupta de Timothy, mas não foi capaz de transformar as relações e estruturas de poder anti-democráticas e potencialmente corruptoras que continuam a vigorar na UnB. O compromisso assumido pela administração com a pauta de reivindicações da ocupação foi ignorado até aqui. Enquanto as fundações continuam a operar seus negócios, os estudantes dos novos campi não têm direito à assistência estudantil. A Casa do Estudante continua caindo aos pedaços, obrigando os que lá habitam nas mais precárias condições a ocupar um salão da reitoria até que suas reivindicações de uma digna assistência estudantil sejam atendidas. Com os recursos que são absorvidos pelas fundações, a pauta de reivindicações da assistência estudantil poderia ser atendida, assim como muitas das pautas históricas dos estudantes e do conjunto da universidade. O Congresso Estatuinte Paritário – uma deliberação das grandes assembléias estudantis da ocupação e um compromisso assumido pela reitoria pro tempore para a desocupação – não foi realizado até hoje. As coisas mudaram, mas até aqui apenas para continuar como estavam.

O momento é de retomar a luta em defesa da UnB e exigir da reitoria que cumpra os compromissos democráticos assumidos com a comunidade e descredencie as fundações. A universidade não precisa das fundações: ela pode e deve tomar para si a responsabilidade por todas as atividades de captação de recursos que nela se desenvolvem. A comunidade da UnB está chamada a assumir esta luta, que é de todos nós e certamente receberá, mais uma vez, o apoio da sociedade. Juntos, na luta, seremos mais uma vez vitoriosos.


Cômite de luta pela Assistência Estudantil e Contra as Fundações Privadas - Professores, Estudantes e Técnicos Administrativos da UnB

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Assembléia Geral dos Estudantes da UnB Apoia Ocupação

A Assembléia Geral dos Estudante da UnB se posicionou hoje por maioria absoluta, que APOIA a Ocupação do Salão de Atos do Gabinete do Reitor e suas 8 pautas sobre Assistência Estudantil.

A Assembléia também por maioria absoluta, posicionou que os Estudante da UnB são contra o Recredenciamento das Fundações Privadas e em especial do Recredenciamento da FINATEC, votação que será realizada amanhã às 10:00h no Conselho de Administração, no Instituto de Química.

Haverá vigilia hoje a noite na ocupação e concentração a partir das 8:30h de amanhã no CEUBINHO rumo ao ATO às 10:00h contra o recredenciamento das fundações no conselho. Depois do ATO, haverá uma plenária na Ocupação para decidir pela manutenção, saída ou ampliação.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Todos à luta pela assistência estudantil e pela ampliação da ocupação

O Salão de Atos do Gabinete do Reitor foi ocupado na segunda-feira dia 08/06 às 16h por estudantes que participavam de ATO pela Assistência Estudantil, chamado pela Associação dos Moradores da Casa do Estudante Universitário – AMCEU.
Todas as tentativas de resolução dos problemas por meio do diálogo foram frustradas. Nestes 7 meses de gestão a AMCEU protocolou 37 ofícios, realizou 1 reunião com o Reitor, 2 com o Vice-Reitor, pelo menos 4 reuniões com a Decana de Assuntos Comunitários e NADA foi solucionado. Exemplos:
1) Continuamos sem transporte gratuito da UnB e com itinerário e horários reduzidos do transporte público;
2) Os campi das cidades satélites até hoje não receberam nenhuma assistência estudantil (RU, Moradia Estudantil, Iluminação, Biblioteca etc);
3) Estudantes da CEU estão sendo processados judicialmente de forma indiscriminada pelo DAC;
4) A Reitoria tentou impor o fechamento do processo de seleção de novos moradores para a CEU usando como desculpa a reforma dos prédios da CEU o que implicaria no abandono de estudantes de baixa renda que dependem da moradia estudantil;
5) A Reitoria impôs um projeto de remanejamento com gastos abusivos (R$: 2.800,00 para 4 moradores/mês, totalizando 2 milhões!) e condições insalubres (20 pessoas por quarto e banheiro coletivo durante 6 meses!);
6) Recusaram a contra-proposta estudantil (R$: 1.400,00 para 4 moradores/ mês, totalizando 1 milhão e 200 mil reais, incluindo alimentação, transporte, água, luz, condomínio, etc);
7) A UnB continua sem calçadas; sem iluminação, sem corpo de funcionários da segurança suficiente para o atendimento da comunidade;
8) O pronto socorro continua fechado; o HUB continua abandonado.

Diante desta situação lamentável consideramos que não existe uma política de assistência estudantil. Bem como não existe nenhuma gestão compartilhada (puro marketing eleitoral).
Convocamos todos os estudantes a lutarem por uma real política de assistência estudantil e a ampliar a ocupação da reitoria.
Participem da assembléia geral nesta quarta-feira 17/06 às 12h no ceubinho.
Visite: www.ocupacaounb.blogspot.com

domingo, 14 de junho de 2009

A Ocupação Além do Plano Piloto

Matéria do CAMPUS ON-LINE sobre a precariedade dos novos CAMPI e da falta de Assistência Estudantil até hoje, como no CAMPUS de Planaltina já com 3 anos de funcionamento e até hoje sem assistência estudantil aos estudantes de baixa renda.

A reportagem no entanto erra ao noticiar que nenhum estudante dos CAMPI participam da ocupação, dois estudantes que representam os Centros Acadêmicos de Gestão em Agronegocios e Ciências Naturais de Planaltina participam da Ocupação e só conseguiram ler o Manifesto tirado pelos estudantes do CAMPI Planaltina para o Reitor com a ocupação instalada. Leia matéria da SECOM UnB que cita os estudantes de Planaltina presentes na ocupação em reunião com o Reitor e leitura do Manifesto.

Foi aprovado em Reunião do Conselho de Entidades de Base, que reune os Centros Acadêmicos e DCE da UnB, na Ocupação do Salão de Atos do Gabinete do Reitor , a inclusão da oitava pauta da Ocupação, Restaurante Universitário e Moradia Estudantil para os Estudantes dos CAMPI da UnB.

Esclarecimento sobre a reforma da CEU e remanejamento dos moradores.

Muito foi dito sobre o remanejamento dos estudantes e da reforma da casa do estudante universitário; todavia, pouco foi dito com rigor e correção.

Forneceremos aqui alguns elementos que consideramos essenciais para a compreensão deste ponto.

A reforma da CEU é uma luta histórica dos moradores da casa do estudante da UnB. Alguns dos motivos para a reforma são:
*Rachaduras na armação de concreto;
*Encanamentos de ferro que provocaram inutilização de muitos pontos de saída de água da CEU (em função do excesso de ferro);
*Pisos danificados;
*Instalações inadequadas para a moradia e uso (banheiros com saídas de energia elétrica interna, dentre muitos outros);
*Inadequação das repartições nos apartamentos;
*Fiação exposta;
*Infiltração;
*Mofo em função das infiltrações;
*E muitos outros problemas relacionados em documentação levantada a partir de estudos da Defesa Civil, bombeiros, vigilância sanitária, e uma equipe de engenheiros da universidade. Vale lembrar que a última reforma pela qual passou a CEU ocorreu na década de 80, e que as duas únicas entradas para os prédios estão apoiadas com escoras por estarem rachadas de ponta a ponta.
O que foi dito somado aos laudos acima relacionados são suficientes para justificar a necessidade da reforma.

Bem, uma primeira proposta de reforma foi feita pelo DAC neste ano. Ela inclui uma reforma feita em duas etapas de 6 meses cada, uma para cada bloco da CEU. Segundo esta proposta os estudantes da casa teriam de ser remanejados, primeiro os estudantes de um bloco, depois os estudantes do outro. Bem, na proposta feita pelo DAC poderíamos "escolher" entre o Minas Tênis Clube, o Albergue da juventude e o Hotel Esplanada. Abaixo relacionamos alguns valores desta proposta.

Valores da proposta do DAC: (nos três lugares ao mesmo tempo, supondo que a aceitássemos)
*Hotel Esplanada, capacidade para 40 por semestre (total 80)

Valor gasto: R$: 504.000,00

Com café da manhã, água, luz e pequenos reparos embutidos.

*Albergue da Juventude, capacidade para 72 por semestre (total 144)

Valor gasto: R$: 725.760,00

Com café da manhã, água, luz e pequenos reparos embutidos.

*Minas Tênis Clube, capacidade (necessária para completar o total de estudantes) para 72 por semestre (total 144)

Valor gasto: R$: 648.000,00

Com água, luz e pequenos reparos embutidos. ( sem café da manhã )

Total dos três locais parcial: R$: 1.877.760,00

Custos adicionais com Alimentação: durante os 6 meses

Alimentação (para os estudantes no Minas)
R$: 63.244,80 (café e refeições nos finais de semana e feriados) +

Refeições nos finais de semana e feriados – ( para os estudantes no Albergue)
R$: 24.537,60

Refeições nos finais de semana e feriados – (para os estudantes no Hotel)
R$: 14.832,00

Totalizando: R$: 102.614,40.

Total (com Alimentação sem transporte) R$: 1.980.374,40

Não foram relacionados ainda os custos com transporte!

Valores em estimativa da contra-proposta dos estudantes (as estimativas e cálculos foram realizados com base nos dados presentes no UnBDoc nº 15112/2009 e no documento: Propostas_para_remanejamento_dos_estudantes.pdf encaminhado no dia 25/05/2009):

Alugar apartamentos de valor médio de no máximo R$: 1.400,00, com dois (ou três) quartos (totalizando 4 (ou 6) moradores por apartamento).

Valor para 46 apartamentos durante 6 meses (144 pessoas) R$: 386.400,00.

Valor para 1 ano (toda a reforma: 368 pessoas) R$: 772.800,00

Com alimentação durante 1 ano para todos os moradores (nos 6 meses em que estão fora da casa) R$: 161.625,00. Total: R$: 934.425,60.

Com transporte (no mesmo período) R$: 132.480,00.

Total (com transporte e alimentação) R$: 1.066.905,60

Não foram incluídos os gastos com água, luz e pequenos reparos.

A diferença entre as duas propostas é de R$: 913.468,80 reais!

Suponhamos, por absurdo, que cada apartamento gastasse com água, luz e pequenos reparos mensalmente R$: 1.000,00! Vezes 46 apartamentos/mês e Vezes 12 (meses) teríamos um gasto adicional de R$: 552.000,00 anual total.

A diferença entre a proposta da Reitoria e da AMCEU seria ainda de R$: 361.468,80 mais barato.

Todavia essa estimativa de gasto com água, luz e pequenos reparos é absurda e cumpre aqui apenas uma função didática de evidenciar que a administração superior da universidade não realizou ainda a reforma porque não deseja realizá-la.

Não houve proposta dos estudantes no valor de R$2 milhões de reais conforme noticiado pela Reitoria e retransmitido pelos meios de comunicação. Pelo contrário, houve a denúncia de que o gasto da proposta da Reitoria era superior a R$2 milhões de Reais, enquanto a proposta estudantil não passa de 1 milhão e 200 mil reais.