Acompanhamos no último período diversas denúncias das irregularidades nas contas da reitoria UnB e da FINATEC, virando até mesmo assunto de "novela" junto a discussão dos cartões corporativos.
Enquanto a FINATEC disponibiliza valores irrisórios para pesquisa, financia a mobília milionária do apartamento funcional do reitor. Absurdo esse, que vai para muito além do problema da corrupção, pois há falta de verbas, não só por desvios, nas universidades tanto para estrutura física, professores, funcionários e principalmente para assistência estudantil. É absurdo que enquanto muitas e muitos estudantes não tenham onde morar, ou acabem morando em lugares precários e passem por dificuldades financeiras, o reitor possa viver com sua lixeira e abridor de luxo.
Outro grande problema, agora evidente, são as fundações de apoio que servem para dar um "apoio" na lavagem de dinheiro público.
Nos solidarizamos com a luta das e dos estudantes que neste momento estão sem acesso a água encanada e energia elétrica, e com restrições para o recebimento de alimentos e líquidos por conta da política repressiva da reitoria. Apoiamos a decisão tomada de resistir ao mandado de reintegração de posse expedida pela 17ª Vara do Distrito Federal. A ocupação é um ato político legitimo e que longe de ser vandalismo como sempre é denunciado, demonstra um enorme grau de insatisfação dos estudantes perante aos absurdos presenciados. Em Brasília, onde vemos tantas irregularidades serem denunciadas diariamente, próprias da estrutura do estado burguês, chega a ser cômico que uma ação do ME que visa defender aos interesses não só da comunidade acadêmica, como a universidade pública para toda a sociedade, seja repreendida.
A ocupação da UNB demonstra que as e os estudantes continuam em luta. Em 2007 tivemos muita luta e mobilização nas universidades públicas e privadas. Nas ocupações de reitorias e atos públicos, que foram completamente distorcidos pela novela das 8, enfrentou-se os problemas resultantes da aplicação da reforma universitária que mercantiliza a universidade pública e garante os lucros dos donos das universidades pagas. Na UFPR, assim como nas demais federais, nosso principal enfrentamento foi, e ainda é, o REUNI (Plano de Reestruturação das Universidades) que expande vagas sem qualidade, pois não vem acompanhada de investimentos para contratação de professores, estruturação de laboratórios, bibliotecas e assistência estudantil, onde, para tal enfrentamento, também utilizamos o mesmo instrumento de luta, a ocupação de reitoria.
Assim, demonstramos nosso total apoio a luta das e dos estudantes que ocupam a reitoria da UnB, afinal, lutamos por que os sonhos não envelhecem.
Gestão 2008 – "Sonhos Não Envelhecem"
Um comentário:
Truta? ;D
Nelson...
-****~
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